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No trimestre encerrado em maio, a taxa de desocupação caiu para 9,8%. Este é o menor índice para o período desde 2015 (8,3%), e que representa cerca de 10,6 milhões de brasileiros sem emprego. Na comparação anual, o indicador de desempregados teve queda de 4,9%. Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número de brasileiros ocupados em março-abril-maio foi de 97,5 milhões, o maior já registrado pela série histórica, iniciada em 2012. Houve um acréscimo de 2,3 milhão de trabalhadores ao contingente de empregados no trimestre (+2,4%) e de 9,4 milhões de um ano para outro (+10,6%).

Para o IBGE, o aumento da população ocupada faz parte de um processo de recuperação das perdas sofridas em 2020, em decorrência da pandemia, notada, de forma gradativa, ao longo do ano passado, e que se expande em diversas atividades econômicas em 2022.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 2,8% frente ao trimestre anterior (dezembro de 2021-janeiro e fevereiro de 2022), totalizando 35,6 milhões de pessoas.

Já a quantidade de empregados sem carteira assinada no setor privado somou 12,8 milhões de pessoas, o maior da série histórica. De acordo com a PNAD Contínua, este contingente cresceu 4,3% frente aos três meses anteriores, com o incremento de 523 mil ao grupo. Na comparação anual, a alta foi de 23,6% (ou 2,4 milhões de brasileiros ocupando vagas informais).

A taxa de informalidade teve uma leve queda entre os trimestres, de 40,2% para 40,1%, representando 39,1 milhões de trabalhadores informais.

O número de empregadores subiu 4,1% no período analisado (4,2 milhões de pessoas), e cresceu 16,2% na comparação anual (+590 mil pessoas).

Mesmo com os números indicando retomada do emprego, o rendimento médio do trabalhador caiu 7,2% no ano. O IBGE verificou um “processo de retração” nos segmentos da ocupação formal, influenciados pela inflação. No trimestre encerrado em maio, o valor da renda habitual média foi de R$ 2.613.