(11) 4438-8922

Na última quarta-feira (11), a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) ingressou com ação de dissídio coletivo no TST (Tribunal Superior do Trabalho). O movimento foi feito após os funcionários da empresa terem aderido à greve geral por tempo indeterminado na terça (10), após realização de assembleias por todo o País.

Os Correios esperam encontrar uma solução que não comprometa sua situação financeira. Em nota, a empresa informa que apresentou aos funcionários “propostas para acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões”.

De acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), a paralisação foi decretada por “todos os 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios”.

A entidade alega que, durante reuniões de negociações, a ECT teria apresentado aos representantes da categoria a obtenção de lucro líquido “de mais de R$ 160 milhões no último ano” e, ainda, planos para enxugar a estrutura da estatal, focando em “atividades complementares do setor concorrencial” e previsão de encerrar as linhas aéreas. Para a Fentect, a intenção do Governo Federal é privatizar a empresa. “Por isso a Campanha Salarial deste ano é pela defesa dos nossos empregos”, afirma a Federação na última edição de seu jornal.

Para não interferir na logística de trabalho e entregas, os Correios implantaram um Plano de Continuidade de Negócios, onde empregados de áreas administrativas auxiliarão na operação, remanejamento de veículos e na realização de mutirões. Somente os serviços de entrega com hora marcada, como Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje, foram temporariamente suspensos.