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Nesta sexta-feira (17), o Governo do Estado de São Paulo anunciou a prorrogação da quarentena até 10 de maio, domingo de Dia das Mães. A medida, anunciada durante coletiva de imprensa, foi tomada para conter a disseminação do novo coronavírus (COVID-19) e não sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde estadual, que já está chegando ao limite.

 

 

Em entrevista ao Bom Dia SP, o coordenador do Centro de Contingência de Coronavírus David Uip disse que São Paulo atingirá o pico de casos confirmados da doença em maio. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, os seis hospitais públicos da capital que são referência para o tratamento de COVID-19 estão com 80% dos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) ocupados. O tempo mínimo de internação para pacientes em estado grave é de 14 dias. 

Outro dado cita o índice de isolamento social dos paulistas, medido pelo SIMI (Sistema de Monitoramento Inteligente). O Governo afirmou que a taxa ideal para contenção da propagação do vírus seria de 70%, mas os últimos números revelaram que o Estado chegou a apenas 49%

Durante a coletiva, o governador João Doria declarou que a prorrogação da quarentena foi "de acordo com o que a Ciência determina", e que as medidas que estão sendo tomadas para conter o avanço da epidemia não são "precipitadas", tampouco fruto de achismos. "São Paulo acredita na Ciência, quero voltar a reafirmar", disse Doria. 

QUARENTENA

A primeira quarentena decretada pelo Governo do Estado começou em 24 de março e iria até 7 de abril. Somente serviços considerados atividades essenciais puderam manter funcionamento normal, como supermercados e farmácias. Restaurantes, padarias e lanchonetes tiveram que adequar seu atendimento para o sistema de delivery ou retirada no local. O deslocamento de pessoa via transporte público também foi alterado, reduzindo-se o número de veículos circulando nas ruas.

Com o aumento do número de casos, prorrogou-se o período para 22 de abril. São Paulo está, desde 20 de março, sob estado de calamidade pública.

LINHA DO TEMPO CORONAVÍRUS

O primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado no dia 26 de fevereiro na cidade de São Paulo, importado da Itália. No dia 5 de março, registrou-se a primeira contaminação local. Em 11 de março, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou pandemia do novo cornavírus, que já circulava em 120 países. E no dia 17, houve a primeira morte causada por COVID-19 na capital paulista. 

Atualmente, o Estado de São Paulo é o epicentro da doença no País e contabiliza 11.568 casos confirmados e 853 óbitos.