A dívida bruta do Brasil passará de 89,5% para 101,4% do PIB (Produto Interno Bruto) ainda neste ano. É o segundo nível mais alto entre as economias emergentes, ficando atrás apenas de Angola, conforme estima o relatório do Monitor Fiscal do FMI (Fundo Monetário Internacional), divulgado na quarta-feira (13).
Entre as causas para o aumento, estão os gastos com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) – algo que não é exclusivo do Brasil, mas que destoa dos demais países emergentes.
A projeção do FMI é de que o endividamento aumentará ano a ano até 2025, quando atingirá o índice de 104,4%. Em abril, a entidade previa que a relação entre dívida bruta e PIB brasileiro alcançaria os 98,2% neste ano, se estabilizando em 2021.
O Fundo também atualizou a previsão para o PIB brasileiro e mundial em 2020. O novo cenário calcula queda de 4,4% do Produto Interno Bruto global, contra os -5,2% estimados em junho, e recuo de 5,8% para o do Brasil (anteriormente, o valor era de -9,1%).
No relatório, a entidade prevê recuperações desiguais entre os países, mantendo alta para as economias avançadas (-5,8%) e a China (1,9%) – espera-se que o PIB chinês “ultrapasse os patamares de 2019 ainda este ano” – e queda para os mercados emergentes e em desenvolvimento (-5,7%).
Fonte: Folha de S.Paulo.