A taxa média de desocupação no Brasil passou de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020. De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada na quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), este é o maior índice desde 2012, quando iniciou a série histórica.
A alta é influência direta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no mercado de trabalho. Ao analisar os dados entre os estados da federação, 20 deles registraram índices recordes de desemprego. O Nordeste concentrou as maiores porcentagens, impactado pelos resultados da Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%) e Sergipe (18,4%).
Pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada - queda de 7,3 milhões de pessoas. Em um ano, o País totalizou 86,1 milhões de brasileiros empregados, o menor número já registrado pela série anual.
Segundo a PNAD, o nível de ocupação no Brasil em 2020 foi de 49,4%. Em 15 estados – todos os da região Nordeste, cinco do Norte e o Rio de Janeiro -, este índice ficou abaixo de 50%.
Ao fazer comparação por gênero, o levantamento mostrou que as mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego em 2020. A taxa de desocupação entre eles no último trimestre do ano foi de 16,4%; entre os homens, o índice ficou em 11,9%.
Entre os grupos etários, os jovens de 14 a 17 anos (42,7%) e de 18 a 24 anos (29,8%) foram os mais impactados pela falta de trabalho nos últimos três meses do ano passado.
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