Em fevereiro deste ano, a indústria da transformação registrou queda de 0,5%, interrompendo nove altas consecutivas. De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o dado se refere ao número de horas trabalhadas na produção que, no mesmo período do ano passado, era de 3,5%.
Outros indicadores que sofreram reduções no segundo mês de 2021 foram os de faturamento real (-3,3%), massa salarial real (-1,1%), rendimento médio real (-1,8%) e utilização da capacidade instalada (-0,4%). O único que manteve índice positivo foi o de emprego (0,4%). No entanto, a maioria destes números ficou abaixo dos registrados em fevereiro de 2020.
Os indicadores econômicos sobre a atividade industrial brasileira foram divulgados pela CNI na última quinta-feira (8). Para acessá-lo, clique aqui.
DIFICULDADE PARA AQUISIÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA
Outro dado divulgado pela CNI, e publicado pela Agênci Brasil, revela que 73% das empresas da indústria geral (extrativa e de transformação) afirmaram ter tido dificuldades para comprar insumos e matérias-primas nacinais para produzirem. Em fevereiro deste ano, 65% dos empresários deste setor informaram que encontraram barreiras para adquirir itens importados, mesmo pagando mais caro por eles.
Para a entidade, estes resultados refletem as incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) para a economia e a desvalorização do real frente ao dólar, incentivando o aumento da exportação de produtos brasileiros.
Segundo o levantamento da CNI, o setor de celulose e papel está entre os setores mais afetados pela escassez de matéria-prima e dificuldade para atender à demanda.
Fontes: Agência Brasil, CNI.