A taxa de desocupação chegou a 14,7% no trimestre encerrado em abril, totalizando 14,8 milhões de brasileiros sem trabalho no período. Os números são os maiores já registrados desde 2012, quando iniciou a série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (30) e mostram alta de 0,5% do índice de desocupados em relação ao trimestre encerrado em janeiro (14,2%).
A taxa de informalidade ficou em 39,8%, equivalente a 34,2 milhões de brasileiros. No trimestre encerrado em abril de 2020, este indicador representava 34,6 milhões de pessoas (38,8%). Entram neste grupo trabalhadores sem carteira assinada, sem CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) ou sem remuneração.
Já o grupo da população ocupada manteve estabilidade (48,5%), abrangendo 85,9 milhões de pessoas. No entanto, a taxa de população subocupada, ou seja, de pessoas desocupadas, subocupadas por deficiência de horas trabalhadas ou que fazem parte da força de trabalho potencial, chegou a 29,7% - alta de 2,7% -, totalizando 33,3 milhões, o maior contingente da série comparável.
Desde o trimestre finalizado em outubro do ano passado, os resultados da PNAD Contínua mostram que a população subocupada por deficiência de horas tem crescido mais que a ocupada.
O número de trabalhadores por conta própria cresceu 2,3%, totalizando 24 milhões de brasileiros. Segundo o IBGE, este contingente é maior que o registrado em abril de 2020, momento em que o mercado de trabalho enfrentava os impactos do início da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Houve, também, quedas nos números de empregados com carteira assinada no setor privado (-8,1%) e de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada (-3,7%) na comparação anual.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
Entre as atividades econômicas que mais demitiram no trimestre encerrado em abril deste ano, os destaques foram Alojamento e Alimentação (-17,7%); Outros Serviços (-13,9%); Serviços Domésticos (-10,1%); Transporte, Armazenagem e Correio (-8,3%); Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-6,7%) e Indústria Geral (-4,3%).
O setor que mais admitiu no período foi o grupo Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (6,5%).
Para saber mais sobre os resultados da PNAD Contínua, clique aqui.