Entre fevereiro e abril deste ano, o número de brasileiros empregados sem carteira assinada no setor privado foi de 12,5 milhões, o maior contingente já registrado pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua desde a série histórica, iniciada em 2012. No ano, este grupo teve alta de 20,8% (2,2 milhões de pessoas).
Já a quantidade de empregados com carteira assinada no setor privado totalizou 35,2 milhões. No período analisado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve acréscimo de 690 mil pessoas ao mercado de trabalho formal (+2%).
O número de trabalhadores por conta própria também cresceu no ano, chegando a mais de 1,7 milhão de brasileiros – alta de 7,2%. No trimestre (fevereiro-abril), somou 25,5 milhões de pessoas, mantendo estabilidade frente aos três meses anteriores.
A taxa de informalidade ficou em 40,1% entre a população ocupada, representando 38,7 milhões de trabalhadores informais.
O rendimento real habitual no período correspondeu a R$ 2.569. A PNAD Contínua indicou queda de 7,9% nos ganhos dos trabalhadores na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
INDÚSTRIA
Os dados da PNAD Contínua revelaram que a taxa de desocupação nos meses de fevereiro a abril chegou a 10,5% (-4,3 % ante o trimestre anterior). A população desocupada somou 11,3 milhões de pessoas, recuo de 5,8% em relação ao período antecedente, e de 25,3% comparado ao ano passado, quando 15,2 milhões de brasileiros estavam desempregados.
A Indústria Geral teve aumento de 9,4% nas vagas de trabalho abertas no trimestre encerrado em abril de 2022 frente ao mesmo período de 2021. Em números, mais de 1,1 milhão de pessoas foram contratadas pelo segmento. No entanto, o grupo registrou queda de 6,5% no rendimento médio real habitual (-R$ 175).
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