Na última quarta-feira (15), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, por unanimidade, aumentar a Selic para tentar conter a alta da inflação no país. A taxa básica de juros subiu de 12,75% para 13,25% ao ano.
Esta é a maior porcentagem desde 2016 e o décimo primeiro aumento consecutivo. Entre as justificativas para a decisão, estão as “revisões negativas para o crescimento global”, o cenário inflacionário internacional, que interfere nos investimentos aportados no Brasil, e nacional (alta crescente de preços ao consumidor e previsões para inflação deste ano e os próximos acima da meta).
A Selic é utilizada para calcular a rentabilidade de investimentos de renda fixa, da poupança, e influencia no valor das taxas bancárias. Para a próxima reunião, o Comitê “antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude”.
CNI
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) considerou “equivocada” a nova elevação da Selic. Em comunicado, a entidade afirmou que “este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”. Ainda, que “as altas realizadas neste ano resultaram em uma taxa básica de juros real ainda mais elevada e que já era suficiente para desacelerar a inflação nos meses seguintes”.
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Fontes: Banco Central, CNI, G1, UOL.