O preço médio do livro vendido nas principais livrarias do país aumentou 3,36% na comparação anual (2022 x 2021). Frente a agosto do ano passado, a variação foi de 1,69%, fazendo com que o valor passasse de R$ 41,54 para R$ 42,24. Estes dados integram o Painel do Varejo de Livros no Brasil (8º período), da Nielsen BookScan e SNEL (Sindicato Nacional das Editoras de Livros).
Entre os gêneros, Não Ficção Trade, Infantil, Juvenil e Educacional e Ficção subiram os preços de capa no período analisado. Os reajustes ficaram em 10,28%, 6,38% e 4,09%, respectivamente. Apenas Não Ficção Especialista apresentou ligeira redução (-0,32%).
TROCA DE PAPEL PELAS EDITORAS
No final de agosto, algumas editoras brasileiras divulgaram comunicados informando sobre a substituição do papel utilizado no miolo. Entre as justificativas, estão os altos custos de impressão, que inviabilizaram a aquisição de materiais específicos.
A Todavia informou aos seus leitores que substituiria o papel Munken print cream, importado da empresa sueca Artic Paper, pelo pólen natural. "Nos voltamos entçao para a indústria nacional. Infelizmente, a boa opção de papel para livros que existia em escala suficiente para atender à demanda do mercado foi descontinuada e está sendo substituída por uma nova versão, com características bastante diferentes das que procuramos oferecer aos nossos leitores desde o início", diz o comunicado.
No entanto, a troca não alterou o preço final do livro. A editora afirmou, na nota, que a decisão "não representa uma economia nos insumos gráficos - não está mais barato imprimir livros, ao contrário", e que conta com a compreensão "e apoio que nossa comunidade de leitores sempre nos dedicou".
PÓLEN SOFT x PÓLEN NATURAL
A Suzano havia interrompido a fabricação do papel pólen soft e investido na produção e comercialização do soft natural. O novo produto teria sido apresentado como mais ecológico (menor uso de alvejantes e tonalizantes), além de reduzir a emissão de carbono e consumo de água.
No entanto, conforme divulgou o jornal O Globo, os lotes do novo papel eram diferentes das amostras, e apresentaram problemas, como tonalidade irregular, enrugamento, sujeira nas máquinas e aumento do uso de tintas. A Suzano, segundo a reportagem, já estaria ciente das reclamações e em vias de corrigir os problemas.
A fabricante também teria anunciado o retorno da produção do papel pólen soft a partir de outubro. Porém, em menor escala, caso haja demanda, e mais caro, com projeção de reajuste de 15% a 20%.
Fontes: O Globo, PublishNews.