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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, na última quarta-feira (3), manter a Selic em 13,75% ao ano. A justificativa para não alterar a taxa básica de juros se deveu ao “ambiente externo adverso”, em especial os “episódios envolvendo bancos no exterior”.

Em março, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, sediados nos Estados Unidos e utilizados por empresas de tecnologia e movimentação de criptomoedas, quebraram, ocasionando o envolvimento do governo, do Departamento do Tesouro e do FED (Federal Reserve System) para garantir os saques dos clientes lesados e prover socorro financeiro às instituições.

A elevação das taxas de juros foi uma das medidas adotadas em território estadunidense para evitar uma crise maior, e acabou respingando no Credit Suisse, instituição suíça que anunciou a tomada de empréstimo de US$ 54 bilhões para reforçar a liquidez. O valor é superior ao concedido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) como crédito a países, por exemplo, tornando o caso atípico.

A taxa Selic continua no seu maior nível desde janeiro de 2017, e não é modificada desde agosto do ano passado. Além do cenário internacional, o Copom alegou que o doméstico, em especial as previsões para a inflação, também influenciaram na manutenção dos 13,75% a.a.

Fontes: Agência Brasil, Banco Central, Forbes.