Os primeiros três meses do ano apresentaram aumento da taxa de desocupação, que chegou a 8,8%, em relação ao último trimestre do ano passado (7,9%). O crescimento foi notado em 16 das 27 unidades da federação verificadas pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desemprego atingiu mais mulheres (10,8%), pretos (11,3%), pardos (10,1%) e pessoas com ensino médio incompleto (15,2%) no período.
Em São Paulo, o índice de pessoas sem emprego cresceu 0,8%, passando de 7,7% no quarto trimestre de 2022, para 8,5% neste ano.
Com o crescimento do desemprego, veio, também, a queda nos indicadores de empregados. O número de pessoas ocupadas totalizou 97,8 milhões, representando 56,1%. Foram 1,5 milhão de brasileiros a menos no mercado de trabalho (-1,6% na comparação com os três meses anteriores).
De acordo com os pesquisadores, tanto a alta da desocupação e a queda da ocupação, de forma simultânea, indicam um movimento sazonal e a volta “ao padrão da série histórica”. Eles refletem, por exemplo, o desligamento de trabalhadores temporários, contratados no final do ano.
O número de pessoas com carteira assinada no setor privado chegou a 74,1%. Em São Paulo, este percentual atingiu 81,1%, acima da média nacional e o terceiro maior entre as unidades da federação no período.