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O sócio-diretor da HGM Consultores, Heli Gonçalves Moreira, apresentou a palestra "O ano (sombrio) que já começou" na últimaa quarta-feira (27), como parte das realizações do Ciclo do Conhecimento ASSINGRAFS. O evento, gratuito, aconteceu no auditório ASSINGRAFS-SINGRAFS, em Santo André, e foi direcionado aos empresários e empresárias associados às entidades.

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Ao longo de duas horas e meia, o consultor fez um apanhado geral de todas as instâncias que regem as relações Capital x Trabalho no País. Detalhou o papel de cada instituição pertencente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sempre tendo como referência as relações entre o empresariado e a classe laboral.

Heli referiu-se ao valor arrecadado pelas centrais sindicais (R$ 200 milhões) como “um dinheiro que não exige prestação de contas e visa basicamente arregimentar pessoas”. O palestrante mostrou como tem crescido o número de processos trabalhistas nos últimos anos. No governo de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foram 18,6 milhões de processos novos; no governo Lula subiu para R$ 20,6 milhões, e agora, em cinco anos de governo Dilma, já bate em 17 milhões de novos processos.

“Os tribunais da Justiça do Trabalho estão entupidos”, afirmou Heli. A situação é tão grave, informou o consultor da HGM, que, em alguns casos, há uma demora de cinco meses para se fazer uma homologação de rescisão de contrato de trabalho. “Calcula-se que os processos pendentes na Justiça atinjam a soma de R$ 30 bilhões de passivo trabalhista.”

Sobre o eSocial, Heli disse que “resumidamente, esse procedimento vai abrir toda a contabilidade da empresa e colocar no sistema do governo”.

Diante da pergunta sobre o que fazer nesse quadro de economia em queda, instabilidade política e o fantasma crescente do desemprego, o palestrante destacou a importância de se manter o ambiente de trabalho. “Esse é o bem mais precioso da empresa. É um verdadeiro patrimônio técnico e cultural. Deve ser zelado e aprimorado continuamente”. Os principais zeladores desse bem, afirmou, são o “líder supervisor e sua equipe, porque o ambiente é deles”.

O consultor mostrou como a temperatura no ambiente de trabalho pode subir se o supervisor não souber controlar a equipe. “Problemas do cotidiano que poderiam ser resolvidos de maneira simples, às vezes, ficam fora de controle e chegam a levar até ao estado de greve.”

Segundo Heli, o sindicato coleta informações sobre a empresa; detecta insatisfação, cria sonhos e desejos coletivos. Para desmobilizar essa ação sindical, ensina o consultor, o melhor a fazer é chamar os colaboradores e mostrar a situação real da empresa, conscientizando-os sobre algumas pautas reivindicatórias que muitas vezes são absurdas. “Esse é o trabalho de desmobilização que o empresário deve fazer.”

Para finalizar sua apresentação, Heli discorreu sobre o processo de liderança: “Liderar é conduzir as pessoas a um determinado caminho”. O líder supervisor deve ter as seguintes características: assumir suas obrigações; tomar decisões (“não existe coisa pior do que o chefe que não decide”); saber comunicar. Esta última característica, segundo o consultor, é a principal delas: “A liderança se expressa pela boa comunicação”.

Esta foi a primeira palestra do Ciclo do Conhecimento ASSINGRAFS de 2016. Para saber sobre as próximas, mantenha seu e-mail de contato atualizado. Verifique, também, a caixa de SPAM, pois, por conter imagem, os comunicados podem estar sendo armazenados diretamente nesta área.