O boletim especial Mulher & Trabalho no ABC, da Fundação Seade/ Dieese, revelou que, no ano passado, 16,7% das mulheres da região estavam desempregadas. Este é o maior índice de desemprego entre o sexo feminino registrado em dez anos – em 2006, havia alcançado 18%.
A pesquisa mostrou que, no mesmo período, as mulheres representavam 48,3% do total de desempregados no Grande ABC. Além disso, o rendimento salarial teve queda de 10% em relação a 2015.
Outro dado do boletim revelou que houve aumento no número de ocupações menos protegidas pela legislação trabalhista. Entre elas, empregadas no setor privado sem carteira de trabalho assinada, empregadas domésticas e autônomas.
Sobre a alta taxa de desempregadas no ano passado, os responsáveis pelo levantamento apontaram como causas o aumento das mulheres no mercado de trabalho e o alto número de vagas fechadas por conta da crise econômica.
Na região, um dos setores que mais empregam trabalhadoras é o de serviços, que foi um dos que mais sentiu o impacto da que já é considerada a pior recessão da história recente. Pelo segundo ano consecutivo, o PIB (Produto Interno Bruto) caiu (-3,6%) e a renda per capita da população reduziu 9,1%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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