No próximo dia 13 de maio, se completarão 210 anos da criação da Impressão Régia – conhecida, também, por Imprensa Régia – e do início da indústria gráfica no Brasil. A tipografia oficial do governo de Dom João VI foi instalada no Rio de Janeiro, sede da Administração, e era responsável pela impressão de todos os atos normativos, administrativos e obras aprovadas pela censura real.
Desde 1706, a impressão de livros ou outros materiais gráficos em território brasileiro era proibida por Carta Régia. Somente a Metrópole (Portugal) poderia ter tipografias e produzir obras literárias “ou papéis avulsos”.
Leia, a seguir, o decreto (com a grafia da época):
Com a vinda da Família Real Portuguesa à Colônia, em 1808 - que fugia da aproximação das tropas de Napoleão Bonaparte -, houve a necessidade de adequar a capital às necessidades administrativas e da Coroa. Uma série de leis, obras e reformas foram realizadas no período conhecido como Joanino. Além da Imprensa Régia, destacaram-se a fundação do Banco do Brasil, da Casa da Moeda, Abertura dos Portos às Nações Amigas, da Biblioteca Real, de escolas de Medicina e investimentos em indústrias nacionais.
Após a instalação da Impressão Régia, surgiram os primeiros jornais brasileiros. Em junho de 1808, Hipólito José da Costa lançou o Correio Braziliense, publicado em Londres e com teor oposicionista ao governo de Dom João. E em setembro do mesmo ano, começou a circular a Gazeta do Rio de Janeiro, dirigida pelo Frei Tibúrcio José da Rocha e com conteúdo alinhado à administração joanina.
E foi a partir da criação da tipografia oficial do Governo Real que outras gráficas puderam surgir País afora.
Para conhecer mais sobre a história da Impressão Régia, da imprensa nacional e da indústria gráfica brasileira, clique nas fontes utilizadas para este texto:
ABIGRAF
ANJ – Associação Nacional de Jornais
Blog História da Imprensa no Brasil
Collecção das Leis do Brazil de 1808
Fundação Biblioteca Nacional
Ministério da Cultura
Observatório da Imprensa