Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral revelaram que, no 1º trimestre deste ano, a subutilização da força de trabalho atingiu 27,7 milhões de pessoas (24,7%). Este é o índice mais alto desde 2012 e foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada.
Segundo o IBGE, mesmo com a redução na quantidade de desempregados no País (queda de 3,4% em relação aos três primeiros meses de 2017), houve crescimento de 17,8% da população subocupada e da força potencial (10%), impulsionado pelo aumento da população desalentada – passou de 4,1 milhões para 4,6 milhões (12,4%).
No período, a taxa de desocupação foi de 13,1%, subindo em todas as regiões na comparação com o 4º trimestre do ano passado. O Nordeste registrou o maior nível (15,9%), seguido pelo Sudeste (13,8%), Norte (12,7%), Centro-Oeste (10,5%) e Sul (8,4%). Por Estados, o Amapá teve a porcentagem mais alta de desocupados (21,5%).
A medição do nível de subutilização de força de trabalho é composta pelos números de desempregados, subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos de 40 horas semanais) e força de trabalho potencial. De desalentados, integram pessoas que desistiram de procurar emprego, ou que não tinham experiência, ou que eram ou muito jovens ou muito idosas.