A greve dos caminhoneiros entrou em seu quarto dia e trouxe reflexos para todo o País. Entre os principais, estão a corrida aos postos de gasolina, redução da frota de ônibus em algumas cidades e interrupção, pelos Correios, dos serviços de entrega via Sedex.
Os protestos dos motoristas de caminhão estão sendo realizados nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste, incluindo Distrito Federal.
A reivindicação da categoria é a redução do preço do diesel. De acordo com o portal G1, uma das principais entidades à frente das manifestações pelas estradas brasileiras é a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos). A Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil) também se juntaram ao movimento.
Os protestos já podem ser sentidos em diversos setores econômicos por falta de abastecimento de produtos. Postos de combustível estão enfrentando, desde a noite de quarta (23), filas de motoristas que estão querendo encher os tanques. O preço da gasolina comum já está sofrendo grandes variações, sendo possível ser visto, em uma mesma região de Santo André, por exemplo, o litro sendo cobrado entre R$ 4,099 a R$ 4,299.
No Rio de Janeiro, o G1 registrou que, em um posto, os consumidores encontrarão, apenas, gasolina podium, cujo litro está a R$ 6,49. Em Brasília, um posto chegou a remarcar o preço para R$ 9,99/litro.
A greve também vem provocando desabastecimento de alimentos. Segundo o noticiário Bom Dia Brasil, produtos como cebola, tomate batata, melancia e laranja estão com estoques reduzidos na Ceasa de Recife (PE), e, por isso, os preços estão subindo rapidamente. Somente a batata passou de dois para oito reais.
Na noite de quarta, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que retira a cobrança de PIS-Cofins sobre o diesel, que precisa passar pelo Senado. Na terça (22), o governo havia anunciado que zeraria a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). A Petrobras, por sua vez, anunciou redução de 10% (- 25 centavos no cobrado ao consumidor final, conforme informou a BBC Brasil) no preço do combustível nas refinarias por 15 dias.
Em nota, a CNTA informou que se reunirá novamente, nesta quinta-feira (24), com representantes do governo federal, após encontro considerado “frustrante” e “insatisfatório” com o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, realizado na quarta.
Até o momento, não há previsão para encerramento da greve dos caminhoneiros.
Fontes: BBC Brasil, CNTA, Folha de S. Paulo, G1, Rede Globo.