Em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (22), o Governo do Estado de São Paulo anunciou o Plano São Paulo, que prevê a reabertura gradual de setores produtivos após o fim da quarentena, em 10 de maio. A capital paulista foi a primeira cidade do País a registrar caso confirmado do novo coronavírus (COVID-19), no dia 26 de fevereiro.
Atualmente, apenas atividades consideradas essenciais, como supermercados e farmácias, estão com funcionamento normal. Estes estabelecimentos tiveram que adotar medidas para conter aglomerações e de higienização dos funcionários e dos clientes. No entanto, ressaltou-se que, em todo o período de calamidade pública e quarentena decretada, 74% das atividades econômicas no Estado continuaram ativas.
Serão liberadas para retomada gradual atividades consideradas de maior vulnerabilidade e que apresentem menor risco. A reabertura começará após 11 de maio, segunda-feira. Para tal, serão levadas em conta situações locais, regionais e setores que possam voltar desde que respeitem as devidas medidas de proteção e regras sanitárias.
As primeiras regiões a serem escolhidas para a retomada gradual serão segmentadas de acordo com o número de novos casos da doença, quantidade de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) livres e testes disponíveis para casos suspeitos e sintomáticos da COVID-19. Assim, serão classificadas por níveis de risco – zonas verde, amarela e vermelha.
Os estabelecimentos deverão seguir regras de higiene pessoal; comunicação interna, para garantir que funcionários e clientes conheçam e entendam os riscos de contaminação e dos procedimentos adotados; distanciamento social para reduzir, ao máximo, o contato entre as pessoas no local; sanitização dos ambientes; e monitoramento de casos e grupos de risco.
“Salvar vidas é a prioridade máxima do Governo do Estado de São Paulo”, afirmou o governador João Doria. “Adotamos, aqui, as medidas certas, na hora certa, no momento correto e amparadas pela Ciência e pela Medicina. Os bons resultados obtidos em São Paulo até aqui, com o apoio da população, permitiu que pudessemos passar pela quarentena com um bom resultado e um resultado que devemos agradecer ao setor de Saúde, à Ciência, mas, também, [a]o apoio majoritário da opinião pública e da população”, declarou.
Durante a coletiva, o governador mencionou as diversas ações tomadas em prol da economia paulista, que, segundo ele, representa quase 40% da economia brasileira. Entre elas, liberação de créditos especiais e suspensão de protesto de pessoas físicas e jurídicas por 90 dias. Todas as medidas foram tomadas para o enfrentamento da pandemia.
A taxa de isolamento social mensurada na última terça (21), feriado nacional de Tiradentes, foi de 57%, maior que a registrada na semana passada, quando chegou a 49%. O ideal, segundo o Governo, é 70%. São Paulo é o epicentro do novo coronavírus no Brasil, contabilizando 15.385 casos confirmados e 1.093 óbitos.
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