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Em entrevista ao Bom Dia SP desta quinta-feira (23), a Secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patricia Ellen, falou mais sobre o plano de flexibilização da quarentena que o governo implantará a partir de 11 de maio. Esta é mais uma medida para o enfrentamento da crise trazida pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

Ao ser perguntada sobre quais seriam os primeiros setores econômicos não essenciais a voltarem, Patricia informou que “comércio, atividade imobiliária, construção, turismo, cultura, economia criativa” são, atualmente, os mais vulneráveis e que precisam de atuação mais focada.

As intenções do Governo do Estado de reabertura gradual da economia após o fim da quarentena (10 de maio) foram anunciadas na quarta (22). O Plano São Paulo segmentará regiões em zonas verde, amarela ou vermelha de acordo com o número de novos casos da doença, quantidade de leitos de UTI livres e testes disponíveis para casos suspeitos e sintomáticos de coronavírus.

Patricia fez questão de frisar que todas as decisões estão sendo tomadas de forma responsável, seguindo orientações científicas e médicas. “A flexibilização não pode ser aleatória”, declarou.

Dados mais detalhados sobre como funcionará o Plano São Paulo e quais serão as regiões autorizadas a retomarem as atividades não essenciais serão anunciados no dia 8 de maio. No momento, o que o Governo informou é que ainda é preciso entender de que maneira o virus circula entre os locais, como se dá a disseminação da doença e em que etapa do ciclo da pandemia cada município está.

Patricia enfatizou a importância de se respeitar o distanciamento e isolamento sociais. “A gente não decide como o vírus se comporta”, disse. “Um município que estiver como zona verde em um dia pode alterar [a sua classificação] no outro. Se algo mudar, voltaremos a ter medidas mais restritivas”.

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Na terça (21), feriado nacional de Tiradentes, o SIMI (Sistema de Monitoramento Inteligente) mostrou que o índice de adesão ao isolamento social no Estado e na capital paulista chegou a 57%. O ideal, segundo o Governo, seria 70%. São Vicente foi uma das cidades que conseguiu atingir 66% na data – no dia 19 de abril,  domingo, a porcentagem foi de 68%.

Durante a coletiva da última quarta, destacou-se que a cidade de São Paulo e o Estado ainda não chegaram ao pico da curva de disseminação do coronavírus, em razão das medidas de isolamento tomadas "na hora certa, no momento correto e amparadas pela Ciência e pela Medicina", segundo afirmou o governador João Doria. Apesar disso, o sistema de saúde já registra falta de leitos disponíveis para o atendimento de pacientes com a doença ou suspeitos e cemitérios municipais estão abrindo sepulturas extras com retroescavadeiras. 

Fonte: Bom Dia SP/RedeGlobo, Governo do Estado de São Paulo.