A quarentena estadual, que terminaria neste domingo (10), foi ampliada para 31 de maio. A decisão foi informada nesta sexta-feira (8) pelo governador João Doria, durante coletiva de imprensa.
Iniciada em 24 de março, a quarentena duraria até 7 de abril. Por conta do avanço do novo coronavírus (COVID-19) em São Paulo, a data foi ampliada para 22 de abril e, depois, para 10 de maio – que coincidirá com o Dia das Mães.
Atualmente, o Estado de São Paulo contabiliza 41.830 casos confirmados da doença e 3.416 óbitos. No início da quarentena, eram 810 pessoas infectadas e 40 mortes causadas pelo vírus. Cerca de 40 mil vidas foram preservadas no período, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, por causa das ações de distanciamento e isolamento social.
AVANÇO COVID-19 NO ESTADO
Uma projeção feita pelo governo estadual mostrou que, sem as medidas de isolamento social, seriam contabilizados 700 mil casos confirmados do novo coronavírus nesta sexta.
Outro dado mostrou que a doença está avançando quatro vezes mais rápido que o esperado pelas cidades do litoral e interior paulistas. Já na capital, a incidência maior está nas periferias.
OCUPAÇÃO DE LEITOS NOS HOSPITAIS
Desde o final de fevereiro, quando o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil – importado da Itália -, notou-se a rapidez com que o vírus circula e infecta as pessoas. É sabido que a enfermidade atinge o sistema respiratório e, nos casos mais graves, os doentes precisam ser internados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em um período mínimo de duas semanas.
As autoridades médicas e sanitárias orientam a população para que mantenham o isolamento social, a fim de que a curva de contaminação achate e o sistema de saúde, público e privado, não entre em colapso. Se um grande número de pessoas tiver que receber tratamento para o novo coronavírus, doença ainda sem cura, ao mesmo tempo, outros pacientes com outras doenças poderão não ser atendidos da maneira adequada.
De 17 de abril até 8 de maio, a taxa de ocupação de leitos de UTIs no Estado de São Paulo passou de 53% para 70%. Na Grande São Paulo, o índice foi de 68% para 90%.
PLANO SÃO PAULO
Os membros do Governo do Estado também apresentaram mais detalhes sobre o Plano São Paulo, que prevê a retomada de atividades econômicas que não foram consideradas como essenciais e estão paradas em razão da pandemia.
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O retorno, ainda sem data definida, será feito em fases e de acordo com cada setor. A prioridade será dada a atividades que tenham maior vulnerabilidade econômica e empregatícia, tais como serviço doméstico, academias, salões de beleza e economia criativa.
A flexibilização será autorizada caso haja redução do número de casos do novo coronavírus por 14 dias na região e taxa de ocupação de leitos de UTI menor que 60%. Além disso, as empresas deverão respeitar protocolos de distanciamento social, higienização, monitoramente das condições de saúde e comunicação.
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